7 de junho de 2016 Antonio Jr

Procrastinação, Chega!

Procrastinação, Chega!

A palavra procrastinação nunca teve tanto destaque no cenário da análise do comportamento produtivo.

Com a maior exigência do mercado e o aumento das tarefas diárias, sejam elas, profissional ou pessoal, a execução de tarefas em tempo hábil e de maneira eficaz ficou mais difícil.

Isso levanta uma discussão sobre o tema e com isso, o termo procrastinar acabou virando moda em programas de autoajuda.

Para aqueles que ainda não conhecem o significado da palavra “procrastinar”, ela nada mais é do que deixar para depois o que se pode fazer agora. Acumular afazeres que acabam dificultando a execução das obrigações, que cada vez mais ficam em segundo plano. Resultado? Pouca produtividade e problemas crônicos nas rotinas diárias.

A palavra vem do latim procrastinatus: pro (encaminhar) + crastinus (amanhã). Entendeu?

Tarefas, metas, objetivos são deixadas para: “logo mais”; “amanhã”; “próxima semana”; “mês que vem”; “na entrada do próximo ano” e até mesmo para o fim da vida. É um vício que precisa ser combatido de maneira eficiente, como seria o contrário de procrastinar, não deixar para depois. E estima-se que a decisão equivocada de “deixar para depois” faz parte do cotidiano de 95% das pessoas.

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Acredita-se que esse termo foi evidenciado a partir da entrada dos computadores nossas vidas. Na mesma proporção que essa inovação tecnológica colaborou para que ganhássemos tempo na resolução de atividades, ela também abriu portas para a distração e interrupção do processo de produção. Se antes, os joguinhos eram os grandes sabotadores da produção eficaz, agora a internet pode ser considerada a vilã dos novos tempos.

Já viram aquela história de que pra todo bônus há um ônus? Pois então, o avanço tecnológico e o acesso à internet facilitaram o alcance à informação colaborando para um produção rápida. No entanto, as redes sociais, aplicativos de bate papo e a absurda quantidade de canais de entretenimento dissolvem o foco. O que era para facilitar nossas vidas acaba tendo outro lado da moeda, nada agradável e muito menos  produtivo.

As empresas passaram a controlar seus computadores, passaram a utilizar firewalls e sistema proxy, limitaram o uso de e-mail pessoal e com o avanço da tecnologia, em alguns casos, celulares (principalmente smartphones) foram proibidos. Tudo fundamentado pela PRODUTIVIDADE.

E quando procrastinamos em nossa vida pessoal?

Nas ações pessoais, não existem controles como nas organizações, não temos restrições e muito menos sistemas que nos proíbem a utilizar essas ferramentas para o que bem quisermos, a disciplina interna é quem pode fazer esse papel. Talvez a falta de compromisso interior seja um dos motivos pelo qual vemos cada vez mais pessoas empurrando as tarefas, evitando os desafios e produzindo cada vez menos em sua vida pessoal.

Muitas pessoas deixam de fazer um curso por que está jovem ou velha demais, não finalizam um curso superior porque acreditam que não estarão aptas a atuarem em sua profissão, ou então adiam tarefas mais simples como arrumar uma casa, escrever algo ou fazer atividade física.

Procrastinação e preguiça não são a mesma! Enquanto a segunda é o mesmo que não querer o trabalho, a primeira quer deixá-lo para última hora. Tudo uma questão de estar mercê da urgência. Nem sempre dá tempo e por isso a frustração surge. Segundo uma pesquisa realizada pelo Psicólogo canadense Piers Steel, da Universidade de Calgary, além do sentimento de frustração por deixar tudo para última hora, o estresse, arrependimento, e baixa autoestima são consequências para quem tem por hábito procrastinar.

Essa pesquisa foi levada à escola dos Estados Unidos pela psicóloga Patrícia Sommers, da Universidade do Texas, e deixou estudiosos ainda mais preocupados. Eles constataram que 70% dos estudantes americanos recorrem à última hora para realizar ocupações e que 20% desses casos são crônicos.

Trazendo para nossa realidade, as coisas também não andam muito bem. No Brasil, vemos cada vez mais estudantes ou profissionais sofrendo desse mal. Independentemente da nacionalidade, há uma explicação científica de motivação fisiológica para a questão: resumindo em poucas palavras, talvez haja uma disfunção no córtex pré-frontal, área que é a responsável pelo planejamento e atenção, e isso pode ser a causa da distração.

Alguns fatores comportamentais também merecem destaque. O hábito de procrastinar pode ser, nada mais nada menos do que, um repúdio às regras. Ou seja, entrar em conflito com aquilo que lhe é imposto, seja pelos pais, seja pela escola e seus professores ou por um chefe.

Outra possibilidade para a prática da procrastinação é o grau de perfeccionismo das pessoas. Quanto mais perfeccionista a pessoa é, mais existe o medo de fracassar e como consequência, isso a leva a empurrar com a barriga os desafios. Para a psicóloga Patrícia Sommers o medo do fracasso é a principal causa.

Outra razão que é levantada pelos estudos é a “auto sabotagem”. Não se julgar merecedor de algo reflete na hora de realizar alguma ação, auto sabotar posiciona as dificuldades e obstáculos em primeiro plano.

Consequências da Procrastinação

#1 – Um caos na rotina diária

Sem produzir o suficiente para sanar as tarefas do dia, surgem sentimentos negativos como o sentimento de culpa, baixa autoestima, gera o efeito bola de neve e torna os dias mais curtos do que deveriam ser.

#2 – Arriscar a própria saúde

Quem procrastina algo, procrastina tudo. Dessa forma, uma ida ao médico ou a realização de algum exame pode colocar em risco a saúde e até mesmo a vida da pessoa. Enxergar sintomas e não ter ação para investigar as causas podem fazer com que um tratamento seja um procedimento tarde demais.

Seja por um motivo ou outro, a procrastinação faz parte das nossas vidas. Se for você a executando ou pessoas próximas, de toda forma, atinge sua vida pessoal ou profissional. O impacto de uma ação procrastinadora vai além da interferência na própria pessoa. Outros envolvidos acabam prejudicados, cria-se um efeito dominó em alguns casos. Evitar a procrastinação e participar efetivamente para que as pessoas em sua volta não entrem nessa onda, é tarefa que não pode ser deixada para amanhã.

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